domingo, 23 de maio de 2010

Sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial de 2011 já tem data marcada

Sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial de 2011 já tem data marcada
Redação SRZD-Carnavalesco Carnavalesco 22/05/2010 21:38


A Liesa definiu o dia 30 de junho a data para o sorteio da ordem do desfile das escola de samba do Grupo Especial. A festa acontecerá na Cidade do Samba, com entrada restrita à convidados. Para manter o equilíbrio nos dois dias de desfiles, mais uma vez a Liesa dividirá em pares as escolas.

Estes pares só serão conhecidos em plenária da Liga no dia 23 de junho, mas duas escolas entram no sorteio já com posições pre-definidas. Por ter sido campeã do Grupo A esse ano, a São Clemente abre o Domingo de Carnaval e a União da Ilha - 11° colocada do Especial - será a primeira a desfilar na segunda-feira.

LOGO DA TIJUQUINHA DO BOREL PARA O CARNAVAL 2011




Unidos da Tijuca recebe apresentador de TV argentina

Unidos da Tijuca recebe apresentador de TV argentina
Redação SRZD - Carnavalesco Carnavalesco 21/05/2010 18:04

Nesta sexta, a Unidos da Tijuca recebeu o modelo e apresentador Ivan de Pineda, do programa de turismo "Resto del Mundo" o mais visto na Argentina (4 milhões de pessoas todos os domingos) também transmitido para o Chile, Uruguai e Paraguai.

O apresentador já visitou as cidades mais excêntricas e remotas do planeta, entrevistou e mostrou como e onde vivem as celebridades do show business e do mundo dos esportes.

Ivan de Pineda, além de apresentador, é o modelo sul americano mais famoso do mundo (ao lado de Giselle Bundchen). Ele e sua equipe estiveram no barracão da Tijuca gravando um programa para ser exibido ainda esse semestre no Canal 13 - o mais importante da Argentina -, mostrando e contando a trajetória da agremiação.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Clássicos da Unidos da Tijuca


Clássicos da Unidos da Tijuca

Campeã do carnaval de 2010, a histórica agremiação do Borel tem um repertório de sambas de enredo da melhor qualidade, com destaque para a impressionante seqüência de grandes obras do início da década de 1980. Nossos escolhidos são os seguintes:

CASA GRANDE E SENZALA [1961] - "Quem dá mais, quem dá mais, negro é forte rapaz". Também conhecido como Leilão de escravos, esse samba de Mauro Afonso, Urgel de Castro e Cici entra em qualquer antologia sobre obras com temáticas ligadas à escravidão. Apresenta um tom bem mais crítico do que o Casa Grande e Senzala da Estação Primeira de Mangueira [1962].

MAGIA AFRICANA NO BRASIL E SEUS MISTÉRIOS [1975] - Esse samba de Jorge Machado passeia pelo universo dos orixás e caboclos com competência e recebeu o Estandarte de Ouro de melhor samba do Grupo 2. Tem ótimas soluções melódicas, com destaque para o trecho Salve Oxossi rei da mata/ Oxossi é caçador/ Salve Obaluaiê/ Xangô, Oxumare...

O MUNDO ENCANTADO DOS DEUSES AFRO-BRASILEIROS [1976] - Os deuses do samba estavam particularmente inspirados em 1976, assim como os autores desse samba: Milton de Luna, Selim do Leme e Si Menor. Poucas safras se comparam com a daquele ano. O enredo da Unidos da Tijuca é praticamente o mesmo do ano anterior; o samba, entretanto, é melhor. A despeito de um trecho tremendamente incorreto, em que Exu é chamado de Rei das Trevas, é um samba da melhor qualidade, com um refrão irresistível: Ina Ina Mojubá / Exu, Pomba Gira é / Ina Ina Mojubá / Exu pula na ponta do pé...

DELMIRO GOUVEIA [1980] - Grande momento da história dos desfiles. Desfilando com o dia claro, a escola do Borel foi campeã do Grupo de Acesso de forma inquestionável. O enredo, magnífico, conta a saga do pioneiro da industrialização brasileira. O samba [de Clomar, Adriano Adauto Magalha e Ronaldo] comoveu a avenida com a intensidade de seus versos, a seriedade da melodia e a interpretação de Nadinho da Ilha.

MACOBEBA - O QUE DÁ PRA RIR, DÁ PRA CHORAR [1981] - É talvez o maior samba da história da escola. Celso Trindade, Nêga, Azeitona, Ronaldo, Ivar, Buquinha e Edmundo Araújo acertaram a mão. O enredo é inspirado no livro Manuscrito Holandês, de M. Cavalcante Proença. O samba, sem nenhum favor, é bem melhor que o livro. O refrão intermediário [Tetaci, Tetaci / Agasalha com seu manto / Nosso herói Mitavaí] se destaca pela beleza do casamento entre letra e melodia.

LIMA BARRETO, MULATO, POBRE, MAS LIVRE [1982] - Inocente Barreto não sabia / Que o talento banhado pela cor / Não pisava o chão da Academia... Basta esse trecho para fazer do samba de Adriano um clássico imediato. Lima Barreto assinaria.

BRASIL, DEVAGAR COM O ANDOR QUE O SANTO É DE BARRO [1983] - Mais um clássico da maior seqüência de grandes sambas da escola do Borel: Bento que bento é o barro / Bento que bento é o frade / Na boca do forno / Sertanejo faz arte. Para muitos, esse samba de Djalma e Eli é o melhor da escola. De quebra ainda tem uma dos maiores achados poéticos da história do samba de enredo: A arte é frágil / Mas o homem é muito forte / Não se quebra, é verdadeiro / Porque Deus é brasileiro.

SALAMALEIKUM, A EPOPÉIA DOS INSUBMISSOS MALÊS [1984] - Grande enredo e grande samba, sobre os malês e a revolta de 1835. A definição mais sintética [e brilhante] da religiosidade complexa dos malês está nesse trecho do samba de Carlinhos Melodia, Jorge Moreira e Nogueirinha: De Alá receberam ensinamentos / De Olorum não se afastaram um só momento.

O DONO DA TERRA [1999] - Pedras preciosas / Quero me enfeitar/ Encantar a índia com o meu olhar / Só Tupã sabia / Que eu não podia me apaixonar... Um dos maiores sambas de temática indígena da história do carnaval. O citado refrão final, de melodia inusitada e solução poética belíssima, comoveu a Marquês de Sapucaí. Carlinhos Melodia, Vicente das Neves, Haroldo Pereira, Rono Maia e Alexandre Alegria assinam essa obra prima do carnaval carioca - Estandarte de Ouro do Grupo de Acesso.

AGUDÁS: OS QUE LEVARAM A ÁFRICA NO CORAÇÃO E TROUXERAM PARA O CORAÇÃO DA ÁFRICA, O BRASIL [2003] - Rono Maia, Jorge Melodia e Alexandre Alegria, assinam esse que é um dos últimos grandes sambas - Estandarte de Ouro do Grupo Especial - da história do carnaval carioca. A brilhante citação a Castro Alves é um dos pontos altos da obra: Na volta das espumas flutuantes / Mãe África receba seus leões


Fonte:
http://saideira.galeriadosamba.com.br/

domingo, 2 de maio de 2010

Unidos da Tijuca e Grande Rio

Rio de Janeiro, 02/05/2010 12:35
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Unidos da Tijuca e Grande Rio
Thatiana Pagung Thatiana Pagung 16/04/2010 23:49
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Após encontrar-me com meu querido amigo Jorge Mendes, colunista aqui do site, no evento Plumas & Paetês, no último sábado, e ele fazer-me um gesto indicando que tenho de escrever mais textos para a minha coluna, pensei: "Não posso me afastar tanto assim dos meus queridos internautas!" Por isso, voltei! Obrigada, Jorge, pelo empurrãozinho.

Bom, sei que carnaval se foi faz tempo, mas me permitam fazer minhas considerações sobre Grande Rio e Unidos da Tijuca (porque são as únicas com cujas posições concordo).

A segunda colocada, a Grande Rio das celebridades - fato que a torna, ante a opinião de muitos tradicionalistas, alvo de críticas -, está cada vez mais investindo em bons profissionais que vêm fazendo a diferença. Assim, a balança se equilibra, e o carnaval da escola começa a "aparecer" mais que alguns de seus foliões.

Cahê Rodrigues e sua equipe fizeram um carnaval lindo e nostálgico. Com o enredo "Das Arquibancadas ao Camarote nº 1, um Grande Rio de emoção, na Apoteose do seu Coração", que desde o início foi muito criticado, a agremiação emocionou ao desfilar de maneira glamourosa, leve e alegre, abordando os grandes momentos vividos no Sambódromo nos seus 25 anos existência.

Mestre Ciça, estreando na agremiação, fez o público delirar com sua coreografia e paradinhas.

Outra aquisição que se destacou foi Luiz Otávio Novello, mais conhecido como Tavinho, que é diretor de carnaval da escola. Com um trabalho seguro e competente, Tavinho faz uma reflexão sobre seu trabalho na Grande Rio: "Assim que cheguei ao barracão o primeiro trabalho foi fazer a reestruturação do chassi dos carros alegóricos, colocando a quantidade de eixos traseiros adequados, e em 3 alegorias devido ao peso fizemos o reforço de 2 eixos nas dianteiras, além de colocar caixa de geradores na traseira. Os ateliês também foram reestruturados, permitindo que a entrega das fantasias acontecesse 25 dias antes do carnaval. Na quadra ensaiamos exaustivamente com a comunidade, às terças e domingos, e com algumas alas, a harmonia ensaiava mais vezes isoladamente. Os ensaios técnicos possibilitaram colocar em prática ideias, como por exemplo, a bateria entrar de frente no recuo. Tudo com consenso do mestre Ciça, da diretoria e presidência da escola, porque trabalhamos em equipe. Eu respeito muito e admiro Milton Peracio, que está comigo na direção de carnaval da escola, não deixando de citar minha admiração pelo presidente Helinho de Oliveira, meu patrono Leandrinho Soares e meu presidente de honra Jayder Soares, que foram pessoas que me deram apoio para exercer minhas funções."

Pois é, se a Grande Rio não encontrasse a Unidos da Tijuca pela frente, para mim seria a campeã. E eu vi o homem voar! Não no desfile oficial, mas vi no sábado das campeãs. Parabéns, tricolor de Caxias.

Sobre a Unidos da Tijuca, campeã do carnaval, permitam-me, internautas, um trocadilho: não é segredo que eu sou fã de seu carnavalesco, sobre quem escrevi em minha coluna de 2008: Leia aqui

Paulo Barros já entendeu que permanecer na era "Joaozinho 30" não dá mais, ou seja, ir para avenida só com gigantismo e luxuosidade faz os olhos brilharem; mas, para disparar o coração e desentalar aquela expressão da garganta de "Oh!", precisa-se de algo a mais, é preciso surpreender.

Não é à toa que o considero o nosso "Production Designer" do carnaval. No cinema, o production designer é o profissional que trabalha com direção de arte e efeitos especiais, fazendo os cenários e a magia por trás deles, conseguindo ser real e/ou imaginário. Nosso artista em questão alia a técnica dos palcos de teatro e do cinema à técnica do carnaval. Desse equilíbrio nasceu a fórmula perfeita para o sucesso do desfile, do início ao fim, não apenas na comissão de frente, como muitos disseram, o que é um absurdo.

A beleza e a magia da comissão de frente causaram o impacto inicial, mas o enredo foi bem delineado e emocionante até o fim. Até os empurradores das alegorias vieram fantasiados, tudo estava dentro do enredo.

Muitas pessoas questionam as alegorias meio cenários, foliões interpretando; mas por que não tudo isso com samba no pé, plumas e paetês? Todos os novos elementos apenas somam e quem ganha é o próprio carnaval, que cresce cada vez mais e tem o poder de se recriar a cada ano.

A Unidos da Tijuca ganhou sim ao equilibrar o belo do tradicional a emoção da magia teatral e cinematográfica. Ganhou por ser profissional. Ganhou por saber explorar um quesito importante, e pouco defendido pelas escolas: criatividade.
Parabéns, Unidos da Tijuca.

Escolas de samba sonham retomar os ensaios nos locais de origem

Escolas de samba sonham retomar os ensaios nos locais de origem
POR PAULA SARAPU

Rio - Campeã do Carnaval, a Unidos da Tijuca já tem muitos sonhos para movimentar sua quadra na Rua São Miguel, no acesso ao Borel. O espaço foi abandonado em 1988, quando os ensaios não chegavam a reunir 50 pessoas. Assaltos espantaram os frequentadores e a quadra quase foi tomada pelo tráfico.

“A sociedade, assustada, se retraiu e a quadra ficou vazia. Eles (traficantes) passaram a guardar motos e fazer bailes funk. Só conseguimos preservar o espaço por causa dos projetos sociais. Queremos fazer escolinha de ritmistas e ginástica para a terceira idade”, conta o presidente do Instituto da Cidadania e vice-presidente da escola, Carlos Alberto Araújo.

A tradicional Império da Tijuca, no Morro da Formiga, também quer esquecer o passado e estreou ontem roda de samba, que acontecerá na sede, na Rua Medeiros Pássaro, todos os sábados. A agremiação espera conseguir uma quadra no bairro.